O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avaliou nesta quarta-feira (1º) que a economia brasileira está em processo de retomada do crescimento e que a expectativa é de que o país saia da recessão já no primeiro trimestre d 2017.
“A nossa expectativa é de um crescimento moderado no primeiro trimestre”, disse o ministro a jornalistas. Ele participou de um evento de Credit Suisse em São Paulo. Questionado se essa variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) garantirá a saída da recessão, o ministro respondeu que sim. “Nossa expectativa é que sim, saia da recessão. (O PIB) Cresce a uma taxa moderada no primeiro trimestre, mas já entra em uma trajetória de crescimento durante o ano”, afirmou Meirelles. O ministro voltou a projetar que o crescimento no 4º trimestre de 2017, na comparação com o 4º trimestre de 2016, deverá chegar a 2%.
O cenário previsto pelo ministro da Fazenda está entre as projeções mais otimistas. Para analistas, a crise fiscal, o desemprego alto, o endividamento de famílias e empresas podem dificultar uma retomada mais rápida da economia. A economia brasileira entrou em recessão no final de 2014 e já acumula ao menos 7 trimestres seguidos de queda. O tamanho do tombo do PIB em 2016 só será divulgado pelo IBGE no dia 1º de março.
No mês passado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) ampliou a previsão de queda do PIB brasileiro do ano passado de 3,3% para 3,5%, e reduziu a projeção de alta em 2017 de 0,5% para 0,2%. Segundo Meirelles, até março o governo irá revisar suas próprias previsões para o crescimento do PIB em 2017, que hoje é de alta de 1%. Ele não disse, porém, se essa revisão será para baixo.
“Achamos que não é produtivo que o governo fique mudando projeções de crescimento com os chamados dados de alta frequência, dados que mudam muito, de curto prazo. O importante é que o Brasil vai crescer este ano”, destacou.
Em palestra para investidores, Meirelles citou a melhora nos indicadores de dezembro como a produção industrial e a retomada da confiança. De novembro para dezembro, indústria registrou aumento de 2,3%, segundo o IBGE.
“O crescimento não virá pela expansão temporária do crédito, mas por um processo normal de retomada”, disse.
Data: 02/02/2017
Fonte: G1
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