Coordenador de Lula para Orçamento, senador eleito Wellington Dias (PT-PI), divulgou informação nesta quarta
A promessa de aumento real do salário mínimo do agora presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está na pauta das primeiras discussões colocadas à mesa pela equipe de transição. O senador eleito Wellington Dias (PT-PI), coordenador do governo Lula para o orçamento, afirmou que a previsão é de reajustar o mínimo com 1,3% ou 1,4% acima da inflação já em janeiro de 2023, quando o ex-presidente volta ao Planalto.
Em entrevista à Globonews nesta quarta-feira (2), Dias confirmou o reajuste e garantiu a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 em janeiro. Quando o hoje presidente Jair Bolsonaro (PL) fez o reajuste do valor do auxílio, visando a tentativa de reeleição, a previsão era de manter o pagamento apenas até o fim deste ano.
“Não haverá descontinuidade do Auxílio Brasil e governo Lula vai garantir cerca de1,4% de reajuste real para o salário mínimo”, explicou Dias.
A proposta de aumento do salário mínimo anunciada por Dias está vinculada à oscilação da média do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos cinco anos. Essa será a régua para o novo governo propor o índice.
“O compromisso, já do primeiro ano, é de implementar a regra da média do PIB dos últimos cinco anos”, disse Dias à emissora. “Como houve queda [do PIB], momentos mais elevados, momentos baixos, provavelmente vai ficar aí em um patamar de 1,3%, 1,4% de ganho real neste primeiro ano. Mas precisa constar do Orçamento”.
Dias se reúne nesta quinta-feira (3) com o senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do Orçamento de 2023 no Congresso. Eles serão acompanhados de outros integrantes da equipe de transição nomeada por Lula, incluindo o coordenador do processo, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também vai comparecer.
O orçamento previsto por Jair Bolsonaro antes da eleição não previa reajustes do salário mínimo acima da inflação. Desde o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que esteve no Planalto entre 1995 e 2003, Bolsonaro é o primeiro presidente a deixar o cargo com salário mínimo vigente com poder de compra menor que o do momento em que assumiu.
As informações são do Brasil de Fato.
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