No último mês, as condições hidrológicas favoráveis na Região Sul foram fundamentais para melhoria das condições de atendimento de energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN). De acordo com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que se reuniu hoje (7), em maio, as chuvas na Região Sul chegaram a 168% da média histórica.
Conforme avaliação realizada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o risco de qualquer déficit de energia em 2017 é igual a zero para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste. No final de junho, o nível dos reservatórios deve chegar a 43,6% no Sudeste/Centro-Oeste, 96,3% no Sul, 17,3% no Nordeste e 65,1% no Norte.
Sobradinho e Xingó
Durante a reunião, o ONS informou que a vazão mínima das hidrelétricas de Sobradinho (BA) e Xingó (AL/SE), ambas no Rio São Francisco, foi reduzida para 600 metros cúbicos por segundo no fim de maio. O objetivo é proporcionar maior segurança hídrica para a bacia do Rio São Francisco, ante da condição hidrológica vivenciada neste ano.
Roraima
O Comitê também recomendou a continuidade das tratativas para implantação de geração térmica adicional em Roraima neste ano. Recentemente, foi formado um grupo de trabalho para indicar ações que aumentem a confiabilidade do fornecimento de energia elétrica ao estado. Atualmente, a única capital brasileira que ainda está eletricamente isolada do país é Boa Vista, cujo abastecimento é feito por meio do recebimento de energia vinda da Venezuela e também com geração térmica local.
Energia eólica
Segundo o Boletim Mensal de Monitoramento do Sistema Elétrico Brasileiro, elaborado pelo Ministério de Minas e Energia, a capacidade instalada total de geração de energia elétrica do Brasil atingiu 152.563 megawatts no mês de abril. Dentre as fontes que mais expandiram, o destaque é para geração eólica, que cresceu 20% nos últimos 12 meses, totalizando 10.404 MW.
Na matriz de produção de energia elétrica, considerando dados do mês de março de 2017, a geração hidráulica correspondeu a 80,3% do total gerado no país. Já a participação da geração por fonte térmica ficou em segundo lugar, com 15,6% da produção e a fonte eólica com 4,1%.
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